Red Hot Chilli Peppers
By the way (2002)
Diretor: Mark Romanek
É impressionante a quantidade de coisa legal que o videoclipe permite criar. É só ver a dificuldade que todo mundo tá tendo pra escolher qual clipe postar. É pelo lado bom, são tantos os clipes legais que as dúvidas são mortíferas. Comigo não podia ser diferente. A escolha por Can't stop foi muito, muito difícil. De certo modo eu quis homenagear a banda, que está longe de ser minha favorita, mas foi uma das que mais me chamou atenção para o mundo dos videoclipes. A atenção que o Red Hot Chilli Peppers tem ao fazer um clipe é notória. Gus Van Sant (Under the Bridge e Desecration Smile) já dirigiu dois clipes da banda, outro foi dirigido por Anton Corbijn (My Friends) e a presença de inovações é tão obrigatória quanto Anthony Kiedis sem camisa (qual o problema dele com vestimentas, afinal?). Californication e seu vídeo-game divertidíssimo, Other side e sua estética cubista/surrealista, Around the World e seus cortes magníficos, a total inovação de Give it away ou a participação querida de Beavis and Butthead em Love Rollercoaster... A lista é extensa.
Dela escolhi Can't Stop porque eu me reapaixonei totalmente pelo clipe quando o revi. Desde Flea com a cabeça de hipopótamo a Kiedis entre as folhas da palmeira, o clipe tem um tom leve, sem perder a energia de uma performance ao vivo, simplesmente adorável. O clipe mostra uma performance da banda intercalada por ações totalmente desconexas e extremamente abstratas dos quatro integrantes. Coisas do tipo equilibrar um balde na cabeça, segurar muitas garrafas plásticas vazias ou se "vestir" de uma barraca de acampamento.
A explicação vem ao final do clipe: "Inspired by the 'One-Minute Sculptures' of Erwin Wurm". Erwin Wurn é um artista contemporâneo austríaco. Daí a impressão (totalmente proposital) do clipe parecer uma grande instalação de arte. Desde a iluminação ao fundo branco, a intenção era um clean-cut. O laranja foi escolhido por Romanek para ser a cor vibrante do clipe. Os outros elementos coloridos são todos partes das "esculturas": os baldes amarelos, as garrafas e cadeiras azuis, a barraca prateada, os sticks de luz laranja, a gigantesca cabeça roxa de um hipopótamo, os marshmallows rosas... O uso de elementos do cotidiano tem também a ver com a letra da música "Choose not a life of imitation, distant cousin to the reservation". Os erros e dificuldades foram também incluídos no clipe -- como quando Flea está brincando com uma bola e ela sai de seu controle. O contraste de cores, conjugado a cortes rápidos e a linearidade fragmentada das diversas ações desconexas, dão um tom muito dinâmico e contemporâneo ao vídeo, exatamente como pretendido por Romanek. O diretor queria retratar o tom despretensioso, brincalhão e divertido da banda. (De fato, que outros integrantes aceitariam enfiar canetas nas narinas ou desfilar com cabeças de hipopótamos?)
Aqui estão duas fotos de obras de Wurm que serviram como referência para Romanek montar o clipe:


Marcella Huche - EC6
By the way (2002)
Diretor: Mark Romanek
É impressionante a quantidade de coisa legal que o videoclipe permite criar. É só ver a dificuldade que todo mundo tá tendo pra escolher qual clipe postar. É pelo lado bom, são tantos os clipes legais que as dúvidas são mortíferas. Comigo não podia ser diferente. A escolha por Can't stop foi muito, muito difícil. De certo modo eu quis homenagear a banda, que está longe de ser minha favorita, mas foi uma das que mais me chamou atenção para o mundo dos videoclipes. A atenção que o Red Hot Chilli Peppers tem ao fazer um clipe é notória. Gus Van Sant (Under the Bridge e Desecration Smile) já dirigiu dois clipes da banda, outro foi dirigido por Anton Corbijn (My Friends) e a presença de inovações é tão obrigatória quanto Anthony Kiedis sem camisa (qual o problema dele com vestimentas, afinal?). Californication e seu vídeo-game divertidíssimo, Other side e sua estética cubista/surrealista, Around the World e seus cortes magníficos, a total inovação de Give it away ou a participação querida de Beavis and Butthead em Love Rollercoaster... A lista é extensa.
Dela escolhi Can't Stop porque eu me reapaixonei totalmente pelo clipe quando o revi. Desde Flea com a cabeça de hipopótamo a Kiedis entre as folhas da palmeira, o clipe tem um tom leve, sem perder a energia de uma performance ao vivo, simplesmente adorável. O clipe mostra uma performance da banda intercalada por ações totalmente desconexas e extremamente abstratas dos quatro integrantes. Coisas do tipo equilibrar um balde na cabeça, segurar muitas garrafas plásticas vazias ou se "vestir" de uma barraca de acampamento.
A explicação vem ao final do clipe: "Inspired by the 'One-Minute Sculptures' of Erwin Wurm". Erwin Wurn é um artista contemporâneo austríaco. Daí a impressão (totalmente proposital) do clipe parecer uma grande instalação de arte. Desde a iluminação ao fundo branco, a intenção era um clean-cut. O laranja foi escolhido por Romanek para ser a cor vibrante do clipe. Os outros elementos coloridos são todos partes das "esculturas": os baldes amarelos, as garrafas e cadeiras azuis, a barraca prateada, os sticks de luz laranja, a gigantesca cabeça roxa de um hipopótamo, os marshmallows rosas... O uso de elementos do cotidiano tem também a ver com a letra da música "Choose not a life of imitation, distant cousin to the reservation". Os erros e dificuldades foram também incluídos no clipe -- como quando Flea está brincando com uma bola e ela sai de seu controle. O contraste de cores, conjugado a cortes rápidos e a linearidade fragmentada das diversas ações desconexas, dão um tom muito dinâmico e contemporâneo ao vídeo, exatamente como pretendido por Romanek. O diretor queria retratar o tom despretensioso, brincalhão e divertido da banda. (De fato, que outros integrantes aceitariam enfiar canetas nas narinas ou desfilar com cabeças de hipopótamos?)
Aqui estão duas fotos de obras de Wurm que serviram como referência para Romanek montar o clipe:


Marcella Huche - EC6
Nenhum comentário:
Postar um comentário