Alguns minutos depois, já refeito (mais ou menos) do susto de encontrar o clipe que analisei, já postado pela lubs (vai ter volta.), minha querida colega de classe, me proponho a discorrer acerca de um segundo.
Criado como uma grande brincadeira, ao menos aparentemente, o videoclipe da “Dança do Quadrado” é atualmente um dos mais vistos e famosos da história recente das produções audiovisuais; claro que isso foi possibilitado pelo advento tecnológico chamado youtube.com . Rompe completamente com quaisquer tipos de videoclipes já produzidos, não visando a promoção ou da música, ou da banda (seja ela qual for) muito menos de uma mensagem social (a não ser que “cada um no seu quadrado” ganhe uma dimensão mais filosófica, como uma ideologia de vida: precisamos gerir melhor nossas respectivas vidas e deixar que as dos outros se desenrolem da mesma forma...acho que não!).
Contrariando a maioria dos clipes postados, a exceção do da banda Travis, foi todo ele montado sem cortes, ficando assim, completamente suscetível a erros, como de fato acontecem quando o pobre anãozinho não consegue acompanhar o ritmo da “giratória”, mas também promove a espontaneidade, geralmente negada a esse tipo de curta.
Alguns pontos interessantes: a música procura, e consegue, dialogar com o vídeo, que forçosamente procura acatar a todos os comandos sonoros, como um “mestre mandou”, e ao mesmo tempo estabelece uma correlação com a nossa atualidade, brincando com filmes famosos como Matrix, o agora famoso jogador de futebol de seu drible Robinho, bem como a memorável cabeçada do ex-jogador de futebol, o francês, Zinedine Zidane; planejadamente, foi criado a partir de um dos ritmos mais efervescentes do cenário brasileiro.
Como notadamente não há uma história a ser contada, o vídeo se prende a estabelecer uma relação constante de reconhecimento e comicidade para com a música, através dos mais variados “passos” existentes, as caretas dos “atores”, sem falar, é claro, na inusitada vestimenta escolhida pela produção, que acho eu, não possuía lá muitos recursos para a produção do vídeo, não podendo, por tanto, se preocupar com a parte plástica do mesmo, se valendo de poucos recursos na criação dos sentidos propostos.
No mais, trata-se de um vídeo politicamente correto, promovendo a inserção de um anão na frente das câmeras, algo muito raro, diria eu, na elaboração dos videoclipes atuais.
Nota: qualquer semelhança do artista mais a direita com um aluno da ec6, é mera coincidência.
Marcelo Machado -EC6
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