Música: Break the ice
Artista: Britney Spears
Álbum: Blackout
Ano: 2007
Direção: Robert Hales
Juro que apenas cogitei colocar um clipe de Britney Spears aqui se fosse por brincadeira.
No entanto, estava eu, assistindo ao programa TVZ e de repente, não mais que de repente, eis que me aparece Break the ice, novo e terceiro single da cantora pop.
De imediato, o que chamou minha atenção neste clipe, foi sua opção estética pela animação. Em toxic, outro famoso single de Britney, já é notável a influência e o uso de uma estética que nos lembra o universo dos HQ´s. No entanto, em Break the ice, há algo a mais (ou é isso que o clipe pretende passar). Nada de coreografias sugestivas a que estamos acostumados. Nada de ver Britney dançando em trajes mínimos. Não. Neste clipe, a musa pop não aparece, fisicamente falando, em nenhum momento, o que já é um feito inédito, se analisarmos o histórico de videoclipes da cantora. (Especuladores afirmam que ela não poderia aparecer no clipe por estar fora de seus padrões sex-appeal...)
A opção estética pela animação no âmbito de uma típica música pop seria de fato, uma ousadia, um verdadeiro “break the ice”?
Na animação, Britney é a heroína de uma não tão surpreendente narrativa, cujos traços lembram o estilo dos quadrinhos japoneses. Só lembram, pois os traços dos olhos e os movimentos deixam muito a desejar se comparado com os mangás japoneses. (Vide o sorriso de Britney, que lembra muito o personagem norte-americano Coringa...)
Cabe ressaltar aqui, que a narrativa imagética do clipe pouco tem a ver com a letra da música, o que é um fato incomum dentro do universo de Britney, já que a maioria de seus clipes traz a imagem como forma de corroborar e retratar a letra da música em questão.
A animação foi dirigida por Robert Hales, famoso designer britânico que já trabalhou com bandas como Jet, Stereophonics e Nine Inch Nails, além de ter sido aclamado pelo clipe “Crazy”, não o de Britney, mas sim o de Gnarls Barkley. Apesar da boa direção, o clipe não impressiona tanto por sua estética, apenas nos chama a atenção por essa inusitada representação.
Situando pois o clipe de break the ice entre a alternativa dúbia e o sucesso da inovação, o coloco na escala “I am not an inovation, not yet a success”.
Nathália Rose - EC6
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