domingo, 15 de junho de 2008

Break the ice/ Britney Spears




Música: Break the ice
Artista: Britney Spears

Álbum: Blackout
Ano: 2007
Direção: Robert Hales

Juro que apenas cogitei colocar um clipe de Britney Spears aqui se fosse por brincadeira.
No entanto, estava eu, assistindo ao programa TVZ e de repente, não mais que de repente, eis que me aparece Break the ice, novo e terceiro single da cantora pop.
De imediato, o que chamou minha atenção neste clipe, foi sua opção estética pela animação. Em toxic, outro famoso single de Britney, já é notável a influência e o uso de uma estética que nos lembra o universo dos HQ´s. No entanto, em Break the ice, há algo a mais (ou é isso que o clipe pretende passar). Nada de coreografias sugestivas a que estamos acostumados. Nada de ver Britney dançando em trajes mínimos. Não. Neste clipe, a musa pop não aparece, fisicamente falando, em nenhum momento, o que já é um feito inédito, se analisarmos o histórico de videoclipes da cantora. (Especuladores afirmam que ela não poderia aparecer no clipe por estar fora de seus padrões sex-appeal...)

A opção estética pela animação no âmbito de uma típica música pop seria de fato, uma ousadia, um verdadeiro “break the ice”?
Na animação, Britney é a heroína de uma não tão surpreendente narrativa, cujos traços lembram o estilo dos quadrinhos japoneses. Só lembram, pois os traços dos olhos e os movimentos deixam muito a desejar se comparado com os mangás japoneses. (Vide o sorriso de Britney, que lembra muito o personagem norte-americano Coringa...)
Cabe ressaltar aqui, que a narrativa imagética do clipe pouco tem a ver com a letra da música, o que é um fato incomum dentro do universo de Britney, já que a maioria de seus clipes traz a imagem como forma de corroborar e retratar a letra da música em questão.

A animação foi dirigida por Robert Hales, famoso designer britânico que já trabalhou com bandas como Jet, Stereophonics e Nine Inch Nails, além de ter sido aclamado pelo clipe “Crazy”, não o de Britney, mas sim o de Gnarls Barkley. Apesar da boa direção, o clipe não impressiona tanto por sua estética, apenas nos chama a atenção por essa inusitada representação.
Por outro lado, o clipe “Do the evolution”, da banda Pearl Jam, que também opta por usar a animação como estética, realmente impressiona, na medida em que as imagens, feitas por ninguém mais, ninguém menos que Todd McFarlane, são parte quase que essencial na construção do sentido proposto pela mensagem musical.

Situando pois o clipe de break the ice entre a alternativa dúbia e o sucesso da inovação, o coloco na escala “I am not an inovation, not yet a success”.

Nathália Rose - EC6

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