domingo, 15 de junho de 2008
Lauryn Hill-Everything is Everything
Sem querer filosofar a respeito da minha escolha, devo dizer que, como aconselhado, não houve influência da música. Ainda que aprecie o conjunto da obra da Lauryn Hill, essa música eu desconhecia e só vim a ouvir ao procurar um vídeo que me chamasse mais atenção para postar no blog. Antes desse, assisti a mais uns vinte ou trinta vídeos loucos como, por exemplo, “Leave it” do YES. No entanto, nenhum vídeo me chamou atenção por nenhuma inovação que eu realmente achasse interessante. Ou eram pessoas de cabeça para baixo, ou desenhos feitos no paint, ou várias imagens abstratas em seqüência e tudo aquilo era tão louco pra mim que não conseguiria sequer explicar o porquê da escolha.
“Everything is Everything” foi diferente para mim por dois aspectos. Primeiramente, eu nunca havia visto Manhattan ser transformado numa pick-up de Dj. A primeira cena já é marcante quando a agulha de um toca discos desce sobre uma rua de Nova York. Logo em seguida é mostrada, em um plano geral, a ilha inteira rodando com o Empire State no meio. Essa cena me marcou mais do que qualquer outra dos vídeos anteriores. Pode-se perceber que o vídeo não foge muito aos padrões da normalidade: a cantora aparece sempre bela, cantando a música que, segundo ela, escreveu para a juventude batalhadora, mas as cenas que remetem à cidade como um disco e que mostram as mixagens são incríveis. Essas fogem até do padrão da anormalidade, na minha opinião.
O outro aspecto que me impressionou foi como se conseguiu transmitir a idéia do pequeno (“small” é um possível título para a música) ao inserir uma parte enorme da cidade dentro de um disco de vinil. A mão que desce à rua e a movimenta mostra a diminuição daquele espaço e o grande Empire State é reduzido a uma peça localizada ao centro da pick-up. Com relação à letra da música, a cantora propõe que a juventude busque mudanças, lute contra as injustiças e espere a primavera chegar com a realização dessas mudanças e de seus sonhos. Diz ainda que as pessoas que estão no topo não conseguiram parar a juventude nesse movimento pela mudança. O girar do disco, nessa perspectiva, simboliza a mudança que realmente ninguém pára. Além disso, a própria figura do Dj pode ser interpretada como a juventude conduzindo o movimento.
O clipe atende à característica de promover a artista e tem uns efeitos especiais que são mais do que um simples efeito para produzir ruído na imagem. Eles causam estranhamento e admiração ao mesmo tempo e têm significado o que, para mim, foi o que mais importou. A propósito, o clipe foi dirigido por Sanji em 1999.
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